quinta-feira, 19 de maio de 2011

Considerações Futebolísticas VI

Na época de 2001/2002, o FC Porto terminou o Campeonato Nacional na 3ª posição. Como consequência, na época seguinte os dragões viram-se "obrigados" a disputar a Taça UEFA, competição considerada como sendo o parente pobre da Liga dos Campeões. O resultado foi o que se sabe: a equipa portista construiu de modo brilhante o seu caminho até à final, na qual acabou por derrotar o Celtic de Glasgow por 3-2, conquistando, assim, o troféu em questão.

Oito anos depois, na noite de ontem, a história repetiu-se: o FC Porto venceu por 1-0 o SC Braga, em Dublin, e conquistou pela segunda vez a Taça UEFA, agora denominada Liga Europa.

Jogadores e equipa técnica do FC Porto com o troféu referente à conquista da Liga Europa
A primeira final de uma competição europeia entre dois clubes portugueses não foi, de modo algum, um espectáculo muito agradável. O facto de as equipas se conhecerem tão bem condicionou, e de que modo!, a beleza do jogo; além disso, a estratégia montada pela equipa bracarense, bastante defensiva, também contribuiu para que a partida não fosse tão emocionante como se desejava. No decorrer dos 90 minutos, apenas se viram 4 grandes ocasiões de golo: duas para o SC Braga (uma por Custódio, logo no início do jogo, e outra por Mossoró que, isolado, permitiu a defesa de Helton, aos 46 minutos); e outras duas para o FC Porto (a primeira por Hulk, numa grande jogada do brasileiro, e a segunda por Radamel Falcao, mesmo antes do intervalo, da qual resultou o único golo do jogo). Foi, portanto, uma partida tipicamente portuguesa, com muitas faltas e poucos lances de ataque. No entanto, destaque para Falcao que, mais uma vez, decidiu o jogo a favor da equipa azul-e-branca graças a um cabeceamento irrepreensível, que representou o seu 17º golo na prova (18º contando com o dos play-offs), e que lhe permitiu melhorar o recorde de golos já por si quebrado na partida anterior. Sem surpresa, o avançado colombiano foi considerado o homem do jogo.

Radamel Falcao festeja o golo marcado na final
Com esta vitória, André Villas Boas tornou-se, assim, no mais jovem treinador de sempre a conquistar uma competição de clubes da UEFA, com 33 anos e 213 dias. Além disso, o FC Porto pode agora gabar-se de ter no seu palmarés 7 títulos internacionais, referentes à UEFA e FIFA: 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus, 1 Liga dos Campeões, 1 Taça UEFA, 1 Liga Europa, 1 Supertaça Europeia e 2 Taças Intercontinentais. O FC Porto é, agora, o 9º clube da Europa com mais conquistas internacionais, tendo ultrapassado o colosso inglês Manchester United. Notável.

Refira-se ainda mais um recorde: com o golo de ontem, os dragões tornaram-se na equipa mais concretizadora de sempre numa única edição da Taça UEFA/Liga Europa, com 37 golos, ultrapassando a marca estabelecida pelo Borussia de Monchengladbach, na distante época de 1972/1973 (36 golos).

Relativamente ao ranking anual de países da UEFA, Portugal, com a fantástica prestação das suas equipas representantes, garantiu desde já o 1º lugar, algo que apenas tinha acontecido uma vez, nos tempos de glória do Benfica. No entanto, no ranking geral (que se traduz na soma dos pontos obtidos nas últimas 5 épocas), o nosso país ocupa a 6ª posição, muito próximo da França.

Quanto ao ranking anual de clubes da UEFA, o FC Porto vai terminar a época no 4º lugar, apenas superado em pontos por Manchester United, FC Barcelona e Real Madrid. Por sua vez, no ranking geral, os azuis-e-brancos garantiram a 8ª posição, o que significa que no próximo sorteio da Liga dos Campeões serão cabeças-de-série.

Por fim, deixo aqui os 11 jogadores do FC Porto que entraram em campo no início da partida.

Helton, Rolando, Sapunaru, Guarín, Otamendi e Hulk
Moutinho, Falcao, A. Pereira, Fernando e Varela
Parabéns, campeões!

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